Poema por Lara Cléret
A
mulher que não sabia nadar
Nos
teus olhos o amar
E
do amor escorre um mar
De
lágrimas quentes
Os
covardes
Ausentes
Temem
o escuro do oceano
Estão
todos em casa
E
o azul só aparece uma vez por ano
Mergulham
a ponta do dedo nessa vida rasa
Com
medo de queimar o corpo feito brasa.
Do
meu ninho
Saio
de fininho
Pelos
fundos
Para
sentir o teu abraço de enchente,
E
em teus olhos afundo
Te
mostro
O
monstro que é esse amor ardente.
O
seu rio de águas tranquilas me acolhe
Me
engole
Me
consome
Quando
se une
Ao
estrondo do mar
Tão
rápido foi-se tudo
E
eu que gostava tanto de você não parei para pensar.
Na
borda
Segurada
a uma corda
Deveria
ter ficado
Tivesse
me agarrado
Deixado
a luz acesa
Podia
ter saído ilesa.
Quis
ser diferente
Amar
Sem
estar consciente
E
minha mente assim se rendeu ao abismo profundo
E
só lhe restou ao meu barco defunto
Naufragar.
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