quinta-feira, 28 de junho de 2018

Recomendação semanal #4: Antiphon

Antiphon by Alpha Mist

Uma recomendação musical por semana...

Por Julien Yahiaoui


Quando penso no que venho escutado ultimamente, vários gêneros me vem à mente. De rock alternativo a música clássica passando por rap, eletrônica jazz, pop, alternativo e outros. E dentre esses estilos, uma multitude de sub-gêneros. E ,mesmo não querendo, sempre acabo encaixando umas músicas do album Antiphon do compositor e produtor britânico Alfa Mist.

Antiphon foi o fruto de um “jam” de Alfa Mist com seus amigos e irmãos. Alguns desses músicos são muito talentosos, como Rudi Creswick no baixo ou Gaspar Sena na bateria. Podemos ouvir em algumas faixas do álbum a voz em off dos participantes conversando sobre família, relações e a vida em geral.

Antiphon é um álbum memorável que mistura jazz moderno com um "touch " de soul e um Hip Hop alternativo.

Escutando a primeira música, “Keep On”, você pensa que vai encontrar uma sequências de faixas bem parecidas. E por mais sensacional que Keep On seja, esse jazz moderno só mostra uma faceta de Antiphon. Curioso de saber o que vem depois, você escuta a próxima faixa: "Potential"... Início estranho de guitarra e piano acompanhados depois de uma bateria e um baixo. E você se surpreende, esperando por uma mudança na música que não chega. Ao invés disto, surgem as vozes de umas pessoas conversando. E escutando a conversa você não percebe o lindo "back vocal" surgindo. Nem deu tempo de escutar as vozes cantando que um solo te faz voltar a pensar na música em si.

Intrigado, você começa a próxima música: “Errors”. Dessa vez, um teclado mais agressivo e a mesma voz do Alfa Mist conversando, interrompida por um saxofone que te leva pra outro lugar. É incrível como Errors transita tão sutilmente entre diferentes estilos e "vibes", cada instrumento solando, marcando distintamente uma emoção, uma impressão.

Pasmo frente a este início de álbum deslumbrante, você não espera que a próxima faixa, “Breathe”, faça tanta impressão quanto as anteriores. Mas ,ouvindo a voz melancólica de Kaya Thomas-Dyke que parece surgir do fundo de uma grota, você se surpreende mais uma vez . Acompanhada de um trompete, Kaya marca sua presença  nesse álbum mostrando outra faceta de Antiphon. E Alfa Mist finaliza essa música de uma forma intrigante e elegante: um piano e violino tocando, dando a impressão de estar escutando a trilha sonora de um filme, tudo isto na mesma música.

São faixas como Breathe Potential e Errors que me mostram o quanto vale a pena escutar Antiphon de Alfa Mist e poder ver a multiplicidade de estilos e de emoções que este expõe.


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