Já
tentei escrever sobre o Tempo.
Fazer
um poema, sei lá.
Não
é fácil falar sobre Tempo.
Tempo
é aquele montículo de poeira acumulada nas prateleiras.
Tempo
é aquela ferrugem do maquinário ou aquela oxidação da maçã que
eu queria comer
Tempo
é aquele encolhedor de páginas e líder das teias de aranhas.
Tempo
é o sonho. Sonho é o Tempo.
Tempo
é a rachadura do vaso e a ruína do templo.
Tempo
é aquele fone de ouvido que para de funcionar (só de um lado).
Acho
que Tempo nunca foi um cara muito utilitário.
Tempo
é aquele monstro de 3 cabeças.
Tempo
é aquele braço que se estica ao infinito e depois se retrai ao
infinito, ao mesmo tempo. Tempo é aquele esquizofrênico.
Tempo
é que nem mercúrio. Rápido e mais líquido que Bauman.
Tempo
é aquele que não é mais o mesmo. Tempo foi, é e será.
Esqueçam
tudo o que disse por que o Tempo já não é mais o mesmo. Ou será?
Olha,
tempo é complicado.
Só
tempo dirá o que tempo é.
Tempo
não é relativo, Tempo é Tempo.
O
relógio é relativo, mas quem disse que Tempo se resume ao relógio?
Ou que o relógio se resume ao Tempo?
Acho
melhor escrever sobre relógios.
Vou
inventar um novo tempo: passado, presente, futuro e deekje, por que
não?
Que
seja! Deekje você é o novo (ou já ultrapassado) amigo da turma.
Agora
ensine a esse Tempo que ele não nos define. Deekje mostre que somos
mais que Tempo! Tempo é o que eu estou perdendo ao escrever sobre
ele.
Luca Szaniecki Cocco
Luca Szaniecki Cocco
Nenhum comentário:
Postar um comentário